segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Nada de novo no Front

Terminei de ler hoje o livro Nada de Novo no Front e, poucas horas depois de tê-lo findado, ainda estou impactada com a história que li. Sempre gostei muito de ler sobre a 1ª Guerra Mundial e sobre a 2ª Guerra, ver filmes dessa época me fascinam, me envolvem e sempre procuro saber mais. Quanto mais leio, quanto mais vejo filmes mais me dou conta que ainda tem uma porção de coisas a serem descobertas daquela época.


O livro me deixou bem impactada. É uma narrativa sofrida feita por um soldado de 18 anos que se envolve em uma Guerra que não é dele por interesses que também não lhe dizem o menor respeito. Vivi oito dias com ele no front, torcendo que na próxima página nenhum de seus amigos morressem, que ele não fosse atingido por uma bala, estilhaço, granada, aviões, tanques ou metralhadoras. Senti meu coração palpitar a cada novo enfrentamento com os franceses, estive escondida em uma cratera até o pescoço de lama pedindo que não fosse naquele momento a morte de nenhum daqueles meninos.

Também me diverti muito nos poucos relatos engraçados à procura de comida, o encontro com dois gansos e um cachorro, a felicidade de deparar-se com dois saborosos leitões e uma plantação de batata. As jogatinas de cartas, os cigarros, conversas sobre os dias em que frequentaram as aulas. A doce vingança de ter surrado o cabo Himmelstoss, um simples carteiro como civil, por ter usado de sua superioridade para fazer troça dos jovens soldados.

Foram seis colegas e amigos de escola: Paul ( quem narra a história e na vida real é Erich Maria Remarque), Muller, Kat, Detering, Kemmerich, Tjaden lutando juntos na mesma companhia. Eles se protegem, ajudam uns aos outros e aos recrutas que chegam na linha de frente sem ao menos saber como segurar uma metralhadora. Acessos de loucura, vontade de fugir, meninos enlouquecendo em frente ao inimigo e sendo contidos para que todos saissem ilesos. Sofri demais com cada relato de dor, vontade de voltar pra casa, fome, saudades e o medo do futuro. Saíram do colégio sem terminar o ensino médio, o que fariam depois que a Guerra terminasse? Seriam capazes de esquecer o que viveram na linha de frente? Eles aprenderam apenas a matar, o que fariam?

Recomendo muitissimo a leitura! É sofrido demais, mas é uma leitura autobiográfica e real e não fantasiosa como muitas que existem por aí que tentam tapar as atrocidades que aconteceram nos campos de batalhas e com aqueles meninos, ainda sem barbas, lutando para não morrer e não para defender um País. Quanto mais eu leio sobre a Guerra, parece que menos sei do que realmente aconteceu nela.



“ Este livro não pretende ser um libelo nem uma confissão, e menos ainda uma aventura, pois a morte não é uma aventura para aqueles que se deram face a face com ela. Apenas procura mostrar o que foi uma geração de homens que, mesmo tendo escapado às granadas, foram destruídos pela guerra.”




Sinopse:



Aos dezoito anos, Erich Maria Remarque conheceu as trincheiras alemãs da Primeira Guerra Mundial. Foi ferido em três ocasiões. Saiu do conflito profundamente marcado e perplexo com a crueldade da guerra. Durante a década de 20, enfrentava a insônia carregada de fantasmas tomando notas sobre os horrores que viu e viveu no front. Os rascunhos formavam o núcleo de um romance. Publicado em livro no ano de 1929, Nada de Novo no Front firmou uma posição radicalmente pacifista em um mundo que ainda via a guerra como uma alternativa política e determinou o perfil antibelicista que habita a literatura ocidental até hoje.


O protagonista é Paul, jovem alemão de família humilde que, como tantos da sua geração, deu ouvidos aos pais e professores, abandonou a escola e partiu para uma guerra que- conforme descobriria- não era sua.


Não bastasse a legitimação que faz do ser humano pacifista, Nada de Novo no Front é um livro assustadoramente comovedor. Resiste ao tempo graças à simplicidade do seu estilo aliada à franqueza com que trata dos sentimentos humanos.



Preço: R$ 15,00

Editora: L&PM POCKET

Páginas: 222

4 comentários:

  1. Cá sou meio atrapalhada. Comentei do livro no post do selinho. Desculpe-me.

    Beijo

    Eliane (Leituras de Eliane)

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  2. que legal .. gostei da resenha .. da sua opinião pelo livro lido .. mt legal .. qdo a gent termina um livro a gent sempre fica envolvido com ele né .. qr q aquela história continue .. mesmo ter acabado ..a gent imagina .. como será depois né .. rsrs'

    bjbj

    =]'

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  3. Tbm adoro livros sobre histórias das guerras mundiais...teve uma época q todo livro q eu lia era sobre o tema...rs
    Um legal é o "A menina que roubava livros" e outro "Resistência:uma mulher que desafiou Hitler".
    É bem provável que eu leia esse ai em breve sabendo do que se trata.

    bjs!!

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  4. Que legal Cássia!! Parece ser muito bom esse livro!
    Mas, depois de ler Apátrida e O Arquiteto do Esquecimento, resolvi dar um tempo na temática...
    Comecei a ler Pequena Abelha, mas ainda estou bem no início... Bjooo!

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