quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Hoje é diferente...

Enquanto eu estava em um curso sobre Tuberculose escutei várias músicas, postas pelas palestras, que me fascinavam quando era adolescente. Músicas que embalaram sonhos, desejos, príncipes em cavalos, amores correspondidos, vida plena. Cheguei em casa com vontade de reviver um pouco de tudo aquilo que eu sonhei acalentada pelo meu travesseiro e meus 15 anos. Foi aí que eu encontrei meu velho diário. Um amigo que agora está calado, guardando estórias, fatos, segredos hoje bobos, amores, ilusões e desilusões.
Eu quis resgatar aquilo que já passou, me encontrar naquelas velhas páginas, ver se ainda conservo aquela essência, se me perdi muito e se eu consegui me encontrar um pouquinho- quem sabe.
Lembrei dos meus velhos poemas escritos embalados por músicas românticas, por sonhos que não passaram de sonhos, alegrias vividas, risos e lágrimas. Eu tentei me achar ali naquele pedaço de papel hoje já amarelo, naquele lápis que está se apagando com o tempo, a caneta que preserva minha identidade. Será?
Revivi cenas, a escrivaninha, as horas de estudos à tarde, fugidas para encontrar amigos, "namorados", escutar alguém tocar um violão, alguém me dizer um não e até estender um lenço secando minhas teimosas lágrimas. Revivi corridas pela ladeira com a finalidade de dizer um "oi" sem intenção alguma ou quem sabe com muitas...
Eu sei...
Tenho saudade de mim, o tempo me amadureceu, me engessou em alguns aspectos mas conservou tanto daqueles sonhos que são apenas bons sonhos.
E aquela velha lágrima rola pesada, a música toca mas o tempo só passa e corrói esperanças infantis...
Hoje planto sementes, colho tudo o que plantei, ergo a cabeça e sigo em frente (ou tento da melhor forma)..
Deixo um pouco de mim fico com todos os pedaços e junto tudo com paciência porque eu sei que as borboletas voltam, já voltaram e vão continuar a voltar. Sempre!

" Aquela mão que se estendeu
Pôde pelo menos um instante
Me ajudar
Então minha vida caminhou
Com leveza e tranquilidade

Agora a mesma mão se fecha
E paro...
O mesmo instante se acaba,
A mesma vida desaba,
E a leveza vira pedra.

A tranquilidade se perde
E os olhos se fecham
Tudo isso por escolher
Cometer os mesmos erros 
Do passado...

O de escolher as palavras erradas"

Cássia Eliane da Rosa
03/04/2000

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O menino que colecionava sonhos

Oi gente!

Hoje eu vim falar de um livro muito bonitinho e de um autor "novo" e brasileiro- Darlan Hayek Soares.

Bom, antes de falar sobre o que achei do livro e etc e tal, eu queria esclarecer uma coisa: Não sou caloteira e todas as trocas que fiz pelo skoob foram perfeitamente bem. Entretanto os correios entraram em greve e eu realmente NAO TENHO CULPA SE OS MEUS LIVROS AINDA NÃO CHEGARAM EM SEU DESTINO (pronto, falei). Eu sei que existe muita gente que faz falcatrua e que não dá pra confiar em todas as pessoas do universo, mas se eu estou preocupada, mando mensagens diariamente perguntando novidades sobre a chegada do livro, me proponho a devolver o que me foi enviado e até pagar pela sua postagem...eu sou mesmo uma pessoa de má índole? Só para constar que hoje eu estou muito ofendida por esse tipo de suposição. E chega também de fazer troca pelo Skoob. Acabou, infelizmente.

Pronto, depois desse meu pequeno desabafo, vamos falar do livro que "troquei" pelo Skoob essa semana mas que será devolvido em breve.

Achei interessante e as vezes meio infantil e sem continuação. Mesmo assim a inocência de Antony e Tommy são reais e suas fantasias e brincadeiras ainda mais. São meninos pobres que estudam em colegio diferentes, um em particular o outro em estadual.
A mãe de Antony trabalha todas as noites em um bar e chega bêbada todas as vezes em casa. Um história muito real, garanto. O unico dia "maneiro" da sua semana é a segunda feira porque é quando sua mãe não trabalha e eles saem para fazerem compras e passear. Antony odeia estudar no colegio particular, sofre opressão por parte dos colegas que sempre o chama de pobre e "trombadinha". É um ótimo aluno e tem um coração tão doce.
Um dia Antony resolve fazer uma coleção esquisita: colecionar sonhos de outras pessoas e tentar realizá-los. Tommy, seu melhor amigo entra na bricadeira e assim vão anotando todos os sonhos que conseguem em um caderninho.
Infelizmente, eles aprendem que não é tão simples realizar sonhos e fazer as pessoas ficarem felizes por esse gesto. Chegam a desistir, repensar. Então Tommy sofre um acidente por causa do caderno e Antony se sente o pior.
No hospital, Antony conhece um médico que acha sua história fantastica e passa a ajudá-lo a diminuir aquela enorme lista e faz também um caderninho próprio.
É uma história bem bonita e que cativa, mas como já disse achei que em alguns capítulos faltou aquele "algo a mais". Além disso, o livro veio com bastante falha no seu conteúdo gramatical então fica a dica de revisar melhor antes de editar.
Acredito que o autor tem um enorme potencial falta apenas "lapidá-lo" e isso só com o tempo e com vários livros e até incentivo literário porque, pelo que eu soube, foi com muita dificuldade e persistencia que ele conseguiu lançar seu livro.
Ainda quero ler " Por Favor, não deixe a dor regressar" do mesmo autor e fala sobre o tema que mais amo: Guerra Mundial.
Então Darlan, força na peruca!

No mais, estou ainda lendo "Memórias de uma Gueixa" e " O Vendedor de Sonhos". Juro que termino, juro!!!
Até mais!

Sinopse
O menino que colecionava sonhos conta a história de Antony, um garoto de oito anos, pobre, que sofre com o alcoolismo da mãe, Sophia, e a humilhação dos colegas de escola. Amigos ele só tem um, Tommy, um garoto que assim como ele sonha em ser feliz.  Antony não tem brinquedos e nem perspectivas, mas ele tem um ótimo coração e a pureza que só as crianças têm. A mãe um dia lhe disse que ele não deveria se preocupar em realizar seus sonhos e sim ajudar as outras pessoas a realizarem os seus. E por que não? 

Antony descobre que ajudar aos outros pode ser muito mais divertido que ele pensara, e descobre que ver as pessoas felizes é a melhor maneira de sentir-se feliz. Venha aprender como ser feliz fazendo os outros felizes. Aprenda com Antony lições de amor, companheirismo e dedicação.

Um livro emocionante, capaz de mudar o mundo em que vivemos



domingo, 11 de setembro de 2011

O órfão de Hitler...

Amigos e amigas, eu voltei!! Para quem achava que eu tinha largado meu super vicio viciante, enganou-se! Apenas estou mais lenta nas minhas leituras por causa da velha correria de quem trabalha e cuida de uma casa e etc etc etc.

Bem, essa semana eu terminei um livro ma-ra-vi-lho-so! Meu pai o comprou  há seculos, mas eu passava por ele e pensava "aposto que é horrível porque esse autor é desconhecido" ( que horror, que horror, confesso!). Enfim, no final de semana passada eu disse " vou apostar nele, essa capa tá me chamando".

Eu não sei por que eu achei que o livro seria tão ruim pois ele fala sobre o assunto que mais amo de paixão: Guerra Mundial (e não importa se é primeira, segunda, eu adoro). Quando começei a ler, não consegui mais largar, viciei e no fim dele eu falava para mim mesma "leia mais devagar Cássia, tá quase no fim e você não quer que termine assim.." Não resisti e passei a noite de ontem lendo até a última página e terminei com um "droga, porca miséria, acabou!"

Bem, o que eu posso falar sobre esse livro maravilhoso? Ele mostra outra perspectiva, outra visão dos diabólicos nazistas e locuso do Reich. O autor retrata os estudos científicos realizados para detectar os verdadeiros arianos, aqueles que não tem nenhuma mancha judaica e que pode representar e dar a Alemanha filhos sadios, fortes e com as qualidades de um ariano legítimo. Um horror, uma desgraça.

Lembram quando eu li "Nada de Novo no Front"? (resenha aqui no blog). 
 A sensação que me deu em cada capítulo, cada página, cada diálogo e perversidades eu sentia a mesma coisa: um peso tremendo, um nojo horrivel e uma pena sem tamanha de todas aquelas pessoas que sofreram porque eram imperfeitas ou porque eram judias ou que não tinham as caracteristicas de um ariano legítimo. Tantas pessoas morreram por causa de um fascínio incompreensível! Como a Alemanha pôde render-se a um cara tão perverso? Li nos capítulos finais e guardei para todo o sempre a frase de uma das personagens " ...O Hitler nos salvou de uma Alemanha decadente, de um país que deixava seu povo passar fome e necessidade e nos mostrou como somos capazes..." Eu fico me questionando que gente foi aquela que se cegou completamente e acreditou que o problema eram os judeus..

Enfim , eu poderia passar tanto tempo aqui falando sobre o que eu acho sobre tudo isso, sobre minhas impressões e sobre tudo. Entretanto, tô aqui para falar do livro, não vamos disvirtuar..hehe

Peter, o protagonista de nossa história, é um polaco que foi enviado a um orfanato depois que seus pais morreram em um ataque nazista em sua fazenda. Um dia qualquer levaram-no para um centro de "diagnosticos de arianos legítimos" para " repatriá-lo" se ele tivesse todas as "específicidades" de um ariano puro. Peter Bruck é um jovem loiro, olhos azuis, estatura mediana e os oficiais não precisaram fazer nenhum esforço para identificá-lo como um "deles". Enquanto os outros garotos, que não passavam pelos testes de medição de crânio, inspeção de íris, altura e tantas outras coisas grotescas e nojentas, eram levados para a morte, Peter foi repatriado e recebido no berço de uma família com alma nazista-socialista que lutava pela causa até a morte. Doentes de dar nojo (tudo me deu nojo..)

Bem, Peter no inicio desejava voltar a Alemanha porque desde pequenino ele não sentia-se polonês e sabia que em Berlim ele poderia mostrar que ele sim era um deles e lutaria ao lado de Hitler se possível. Entrou para o grupo jovem hitlerista, aprendeu tudo sobre tanques, aviões, armas e etc.

Mas.....

.... no fundinho ele sentia que aquilo não era certo, que tinha alguma coisa errada naquilo tudo, naquele fanatismo, naquela alegria de batalhas ganhas..enfim...ele começou a não se encaixar 90%. E era dificil seguir mostrando que estava do lado certo, qualquer deslizes ele podia morrer, ir para a Gestapo, ser deletado. Foi quando conheceu Anna uma guria que comportava-se como umas das meninas de Hitler, mas no fundo não era bem isso...

Bem, não posso continuar contando mais...A história muda, as tormentas começam e vcoê fica ali ligado no qe vaia contecer depois e pensa sempre que vira a página " é agora que pegam ele, é agora que ele morre". O friozinho na barriga aumenta e aumenta..é ótimo!

Um livro emocionante que mostra os dois lados da moeda que mostra não só judeus escondendo-se, mas outra realidade da busca por arianos perfeitos e que conta um pouquinho das experiencias que houveram na época sobre esterilização dos impuros, estudo sobre a pureza encontrada na íris ou até no sangue..

Só sei que acabei o livro triste, me sentindo pesada, com pena de todas as pessoas que morreram por uma coisa que não deu em nada...Dureza total...

Leiam porque certamente não vaão se arrepender. E outra coisa que levo comigo é: nunca julgar um livro pelo autor ou capa, você nunca sabe que história inacreditável irá encontrar...

Aqui deixo a sinopse e a capa ma-ra-vi-lho-sa do livro. Não posso colocá-lo para troca porque ele é do meu pai que aliás me perguntou: " e aí filha, gostou?" então eu sorri para ele e disse "ameidoreixonei" :)

Até mais, espero vê-los muito em breve com a resenha de " Memórias de Uma Gueixa".

O Órfão de Hitler







O Órfão de Hitler narra a luta de um menino por seus ideais. Uma história comovente e humana.



Piotr Bruck era apenas um menino polonês quando os nazistas mataram seus pais e invadiram seu país. Seu destino parecia traçado: acabaria num orfanato e depois seria um trabalhador escravo. Mas seus olhos azuis, cabelo loiro, pele clara e estatura faziam dele um exemplo da raça pura, um modelo para a Juventude Hitlerista. Então, os alemães o entregaram a uma família nazista... O que seus olhos vivenciaram o transformaria para sempre. Afinal, ele deveria ou não lutar pela humanidade? De qual lado deveria estar? Uma escolha difícil que faz desse livro um romance arrebatador.


Editora: Planeta do Brasil


Autor: PAUL DOSWELL


Ano: 2009


Edição: 1


Número de páginas: 272

Investimento: R$ 39,90 a R$ 29,90